Leste do lago Biwa

may1.jpgNa cidade de Taga, no distrito de Inukami ao lado da via expressa Meishin, encontramos o famoso Taiga Taisha. Se for de carro, ao pegar a rua Omotesando Emadori, você encontra o estacionamento gratuito ao lado do grande santuário, é só seguir a sinalização do "P". Fomos no meio da segunda semana de novembro, mas nos deparamos com muitas famílias, estas que comemoravam os anos de seus filhos. Pela tradição Shichi-Go-San, que em português significa 7-5-3, são os números ímpares da sorte, que representam as idades desse tradicional festival de passagem, para meninas de 3 e 7 anos e para menino de 3 e 5 anos. A data oficial do evento é dia 15 de novembro, mas como não é considerado um feriado, acredito que os pais e parentes mais próximos, organizem suas agendas e visitem o templo dentro desse mês, mas em um dia cômodo para todos.

Ao lado esquerdo do santuário, existe uma grande construção, onde encontramos os extensos corredores de pisos encerados, com delicadas portas de papel, contornando o incrível e belo jardim, já pintado com os tons do outono. O grande jardim Okushoin. Dependendo do cômodo, a vista para o jardim é tão bonita, que parece um grande quadro luminoso. A construção é toda detalhada com pinturas a mão, sobre folhas de ouro e entalhes na madeira.

Nota: em alguns pontos, o piso é tão liso, que dá vontade de sair correndo, e deslizar de meias. °˖✧◝(⁰▿⁰)◜✧˖°

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Em volta do santuário, você encontra locais onde pode adquirir papeis da sorte, amuletos ou pequenas placas de madeira onde você pode escrever os seus desejos.

Já na rua Omotesando Emadori, com decoração de luminárias e bancos pela calçada, descobrimos o paraíso para quem ama souvenir e restaurantes de pratos tradicionais. Na loja Itokiri-mochi Sōhonke Tagaya, é só procurar por um estabelecimento, com uma grande placa no formato de uma colher de arroz, não tem como errar. Lá podemos beber chá, acompanhado do famoso Itokiri-mochi, um doce a base de doce de feijão, envolto em um Moti decorado com linhas coloridas, típico de Shiga.

Na hora do almoço, paramos no Ikkyuan Taga, restaurante pertinho do Itokiri-mochi, que parece bem simples, mas os pratos são um espetáculo. Tem muitas opções, com um mix dos ingredientes locais. Optei pelo combo, que vem com soba, arroz cozido com feijões preto, gergelim e mais alguns acompanhamentos, como o tofu caseiro. Demora um pouco, mais isso é por conta que cada porção de arroz é preparado individualmente e vem em uma caixa vermelha, que até parece um tipo de tesouro.

Após a farta refeição, seguimos para "O buraco do vento de Kawachi", este é o nome da caverna, que fica no Monte Ryozen na cidade de Taga. Acredito que a melhor opção, seja ir de carro, pois é um lugar mais afastado das linhas dos trens e precisa pegar um trecho de estrada. Como a caverna fica no alto da montanha, seguimos por uma trilha na floresta ao lado de um riacho e na parte da subida mais íngreme, existem duas escadas, uma das próprias rochas e outra de ferro suspensos, fica a sua escolha. Após uma breve caminhada, encontramos a entrada, esta que é pequena e com rochas um pouco escorregadias, por isso tome cuidado e prefira calçados com mais aderência. Na área da trilha onde tem água é frio, mas dentro da caverna estranhamente parecia abafado.

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No primeiro pedaço do trajeto, o teto é bem baixo, mas isso só aumenta a surpresa ao chegarmos no "centro", com iluminação artificial, podemos enxergar um enorme espaço, com uma espécie de passarela de concreto no centro, para facilitar a aventura, em meio a milhares de rochas. Conseguirmos ir até o final, mas até o momento não existe outra saída, talvez continuem a escavação. Assim demos meia volta e bye-bye "O buraco do vento de Kawachi"! (^ _ ^)/

Nossa última parada do dia, o templo de Kongourinji. Ao passar pela grande lanterna vermelha, entramos em um universo em meio as árvores de Momiji. Mais famosas no outono, por adquirir uma rica cartela de cores, em tons de vermelho, laranja e amarelo. Acredito que de todos os locais visitados em Shiga, aqui foi onde encontrei sua maior concentração. A subida até o grande templo, pode ser cansativa pela quantidade extensa de degraus, mas se a caminhada estiver difícil, você pode pegar emprestado um pedaço de bambu para apoio, eles ficam disponíveis perto da recepção. Todo o caminho é feito na companhia de pequenas estatuetas de Jizo, estas que estão nas laterais das escadas e em alguns espaços abertos no meio da floresta. Todas são cobertas com tecidos colorido e possuem um cata-vento, dando uma imagem lúdica, a paisagem no meio da floresta. Ao chegar no grande templo, nos deparamos com um amplo altar, com diversas estatuetas, onde é possível entrar na parte posterior e encontrar outras referências. Também pudermos ver alguns monges e um grande número de amuletos e itens para boa sorte.

may5.jpgAlém do grande templo, Kongourinji é lar de um belo e antigo jardim tradicional, com uma grande diversidade da flora oriental.

(Author : May Hayashi)